Tubos de Aço Quadrados: Benefícios para a...
novembro 22, 2024 | Tubos OliveiraA eficiência e a segurança operacional são essenciais em ambientes industriais. Os tubos de aço quadrados emergem como uma solução...
Os preços do aço no mercado internacional já estão em rota de alta em decorrência dos impactos da invasão da Rússia à Ucrânia no fim da semana passada. O prolongamento da guerra irá agravar ainda mais as cadeias de produção de usinas de aço na Ucrânia, bem como as sanções à Rússia irão travar o comércio do país, que é o quinto maior produtor mundial de aço.
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Rússia e Ucrânia são dois fornecedores relevantes de placas de aço – material semi-acabado usado para fabricar chapas e bobinas de aço – no mercado global. Além de grandes exportadores de produtos acabados e itens como minério de ferro, pelotas e ferro-gusa.
“Não há razão para os preços não subirem”, afirma Carlos Loureiro, que atua há diversas décadas no mercado de aço brasileiro e do exterior e que atualmente preside o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).
“Os dois países são grandes exportadores líquidos de aço, tanto de produtos finais como semi acabados, porém com maior peso no mercado de placas”, afirma.
Segundo Loureiro, citando informações que recebeu de fontes, os preços de placas vendidas pelo Brasil – importante produtor – já estão sendo negociados com aumentos, diante das preocupações com a Ucrânia. A oferta começou a ficar apertada e o mercado reagiu tão logo os tanques russos cruzaram as fronteiras do país vizinho (dia 24).
Os negócios fechados no fim da semana passado com placas de origem brasileira ficaram na faixa de US$ 740 a tonelada (valor FOB). Ou seja, material colocado em portos brasileiros.
No entanto, segundo fontes do mercado de produtos siderúrgicos, novas cargas já eram oferecidas, no mínimo, a US$ 780 a tonelada, conforme informação da publicação especializada Metalbulletin divulgada pela Smart Steel Business.
No Brasil, são grandes produtores de placas para exportação a Ternium (do grupo Techint), a Companhia Siderúrgica de Pecém -CSP (controlada por Vale e as sul-coreanas Dongkuk e Posco) e ArcelorMittal Tubarão. A brasileira Gerdau também exporta excedentes de placas.
Os produtos acabados, como chapas e bobinas, por consequência, sofrerão aumentos, uma vez que as placas são matérias-primas para muitos fabricantes não verticalizados e até para siderúrgicas com problemas em seus altos-fornos – caso de Usiminas em Cubatão (SP).
Desde o início do conflito, com a intensidade dos ataques russos em alvos ucranianos, os preços do aço, metais e matérias-primas siderúrgicas disparam. Na bolsa LME Steel, desde o dia 25 para cá, a cotação da bobina de aço laminado a quente saltou de US$ 800 para 880 a tonelada, FOB China.
Noutra ponta da cadeia produtiva, o minério de ferro (com menos intensidade) e carvão também estão em alta, afetando os custos das usinas de aço integradas.
O carvão metalúrgico, insumo das usinas de aço que já vinha em movimento de alta, passou de US$ 250 a tonelada para US$ 400 a partir do dia 24 (quando ocorreu a entrada de tanques russos na Ucrânia) até ontem.
De acordo com informações da World Steel Association (Worldsteel), entidade global que representa produtores de 85% do volume mundial de aço bruto, no ano passado a Rússia produziu 76 milhões de toneladas; a Ucrânia, 21 milhões de toneladas.
Grande parte de seus volumes é transformada em placas destinadas à exportação – União Europeia, outros países europeus e Ásia são os maiores importadores de aço russo e ucraniano. O Brasil, no ano passado, importou relevante volume de produtos siderúrgicos oriundos da Rússia.
Em termos de exportações líquidas – vendas ao exterior menos importação -, conforme a Worldsteel, a Rússia lidera o ranking mundial, com quase 30 milhões de toneladas. A Ucrânia está na quarta posição, com cerca de 14 milhões de toneladas.
Na cadeia produtiva do aço, os dois países são também grandes produtores e exportadores de minério de ferro, especialmente de pelotas para alto-forno, um produto de alto valor agregado. A Europa, como um todo, é o segundo maior comprador dos dois países – só perde para a China.
Fonte: Inda
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