MATRIZ: Av. Amâncio Gaiolli, 1065 | Guarulhos/SP

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FILIAL: Av. Marginal José Osvaldo Marques, 2032 Sertãozinho/SP

Os tubos de aço galvanizados tem uma fabricação que segue rígidos padrões de segurança, para que possam ser utilizados com eficiência em diversos setores e atestar a qualidade em suas aplicações.

O aço tem ampla utilização quando se trata da produção de peças metálicas, como os tubos, que são bastante usados em construções e indústrias. Contudo, esse é um material que pode se desgastar com o tempo através da corrosão causando prejuízos econômicos e ambientais. Para garantir a durabilidade dos tubos de aço, então, existe um processo chamado galvanização.

Vantagens dos tubos de aço galvanizados

Os tubos de aço galvanizados são bastante versáteis, sendo encontrados em quase todos os tipos de indústrias sob variadas aplicações. Essa versatilidade, inclusive, é uma de suas vantagens, pois eles são adaptáveis à cada fase da produção industrial. A galvanização de tubos ainda tem um excelente custo-benefício, o que é outro fator de extrema importância que torna vantajoso o processo. Além disso, evita que materiais sejam descartados, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Mas, sem dúvidas, um dos principais benefícios desse processo é garantir a resistência e durabilidade do material. Os tubos de aço galvanizados costumam ter vida útil muito elevada podendo ser utilizados por longo período com segurança e sem qualquer problema de corrosão ou desgaste. Dessa forma, o processo também confere ao material a possibilidade de reciclagem, permitindo o reaproveitamento dos tubos das mais variadas formas.

Métodos de galvanização de tubos de aço

Existem alguns procedimentos que são utilizados para a fabricação de tubos de aço galvanizados, porém os principais processos são:

Galvanização por imersão a quente

Neste método, os tubos de aço ou outras peças metálicas passam por um processo para eliminar quaisquer resíduos de lubrificantes ou marcações, antes de ser imersa em ácido sulfúrico ou clorídrico, a fim de evitar ferrugens e remover os óxidos.

Somente depois dessas etapas, o tubo recebe um banho de zinco, sendo mergulhado em zinco fundido a aproximadamente 450 graus, permanecendo imerso até reagir com o ferro e ficar metalurgicamente ligado a ele. Por último, o material é colocado em água para retirar o excesso de zinco e resfriar. Esse processo é recomendado para a condução de fluidos e gases em geral.

Galvanização em banho eletrolítico a frio

Também chamado de galvanoplastia de zinco, esse método consiste no processo de fabricação por meio de choque eletrostático, ou seja, os íons de zinco são ligados a um polo positivo de um circuito elétrico e levados a revestir um tubo ligado em um polo negativo.

Dessa forma, o zinco se fixa na parte externa do tubo de aço, protegendo a matéria base.

Principais aplicações dos tubos de aço galvanizados

Os tubos de aço galvanizados são ideais para diversos projetos industriais e de engenharia, podendo ser utilizados para a condução de fluídos, instalação de postes públicos e outros.

Algumas aplicações possíveis para os tubos galvanizados são:

Indústrias químicas e petroquímicas

Este é um setor em que os tubos de aço galvanizados são bastante utilizados. Isso porque possuem resistência à corrosão, ou seja, são garantia de segurança para a passagem de fluídos em seu interior. Além disso, apresentam baixa rugosidade, evitando que se formem incrustações.

Os tubos galvanizados podem ser usados para o processamento, transporte e manipulação de substâncias químicas.

Usinas de açúcar e álcool

Também por contas das propriedades anticorrosivas, mesmo com o transporte de fluídos agressivos, os segmentos sucroalcooleiros fazem uma ampla utilização dos tubos de aço galvanizados, inclusive nas estruturas das instalações.

Outros pontos positivos e vantajosos são a facilidade de higienização e eficiência da troca térmica dos tubos galvanizados.

Conte com a Tubos Oliveira

Desde 1987 produzindo tubos de aço em vários formatos e tipos, a Tubos Oliveira é referência no país e trabalha também com galvanização e aço carbono. Saiba mais sobre nós e entre em contato. Nosso atendimento é prestado de forma diferenciada por uma equipe que entende o seu projeto e está disposta a concretizá-lo!

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PRODUTOS

Dados do último levantamento do Instituto Aço Brasil mostram que o faturamento total do setor no Brasil foi de R$ 99,2 bilhões. Mesmo com um resultado abaixo do esperado para o primeiro semestre, há a previsão de melhoria no cenário.  “A primeira metade do ano foi muito ruim e tivemos que rever nossas expectativas para o setor. Mas, estamos otimistas com o segundo semestre”, diz o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes.

Com o objetivo de debater os rumos do setor e a retomada do crescimento econômico do país, o instituto promoverá o “Congresso Aço Brasil 2019”, que reunirá produtores de aço, executivos da indústria de transformação, autoridades federais, especialistas brasileiros e estrangeiros, além de empresários. O evento ocorrerá nos dias 20 e 21 de agosto, em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).

Imagem de Instituto Aço Brasil | Tubos Oliveira

Responsáveis por 45% do Produto Interno Bruto (PIB), os setores que compõem a Coalizão Indústria sugerem ainda um conjunto de medidas para aquecer as cadeias produtivas, como a elevação percentual de ressarcimento tributário para exportação (Reintegra); a extensão do prazo de pagamento de impostos, como por exemplo, o FGTS; a flexibilização do crédito e a retomada imediata de 4700 obras paralisadas que dependem de processo burocrático.

Para Mello Lopes, tratam-se de medidas tangíveis. “São medidas factíveis e não tão complexas, portanto, podem ser adotadas antes de todas as reformas ocorrerem. Além disso, o setor produtivo responderá a esse gesto com mais geração de emprego, renda e prosperidade econômica”, conclui.

O Instituto prevê aumento de vendas internas de aço para 2019 em 2,5%, totalizando um volume de 19,4 milhões de toneladas. A produção de aço deve apresentar leve aumento de 0,4%, com 35,6 milhões de toneladas. Por sua vez, as exportações devem cair 7,3% este ano em comparação com 2018, devido às barreiras encontradas no mercado internacional. O consumo aparente de aço deve subir 2,1% em 2019.

Fonte: Correio Braziliense

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A CSN teve lucro líquido de 1,894 bilhão de reais, uma expansão de 59 por cento sobre o desempenho obtido um ano antes, apoiado em maiores vendas de minério de ferro e redução de despesas financeiras, informou o grupo siderúrgico e de mineração nesta terça-feira, 30.

A companhia apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 2,38 bilhões de reais, expansão de 68 por cento na base anual. Sem ajustes, o Ebitda da empresa foi de 1,465 bilhão de reais, queda de 21 por cento sobre o segundo trimestre de 2018.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de 1,94 bilhão de reais, segundo dados da Refinitiv. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis.

O resultado veio com uma queda de 12 por cento nas vendas de aço sobre o segundo trimestre do ano passado e aumento de 25 por cento nas vendas de minério de ferro, a 10,14 milhões de toneladas, informou a CSN no balanço.

CSN - Companhia Siderúrgica Nacional

A empresa também anunciou que estima atingir Ebitda ajustado de cerca de 8,5 bilhões de reais em 2019, uma produção de minério de ferro de 33 milhões de toneladas este ano e também em 2020. Já a expectativa para este ano para vendas da commodity é de cerca de 40 milhões de toneladas.

O balanço da CSN foi apoiado ainda por uma sensível redução no resultado financeiro negativo que recuou de 989 milhões de reais no segundo trimestre do ano passado para 358 milhões nos três meses encerrados em junho, em meio à campanha da companhia para reduzir endividamento.

A CSN terminou junho com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 3,65 vezes ante 5,34 vezes ao final do primeiro semestre de 2018. Se for considerado o segundo acordo de pré-pagamento de minério de ferro, com a Glencore, a alavancagem cai para 3,52 vezes, afirmou a companhia no balanço.

Fonte: Exame

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A redução ou eliminação de tarifas no comércio entre Mercosul e União Europeia (UE), prevista no acordo anunciado entre os blocos, tende a trazer maiores ganhos de exportação para a Europa, avaliam técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Carta de Conjuntura divulgada nesta quinta-feira.

Isso porque o bloco sul-americano aplica tarifas maiores aos europeus do que o contrário, além de a UE apresentar “maior diversificação da pauta potencial de vendas”.

“Visto numa perspectiva mercantilista, de soma zero, parece que os países do Mercosul teriam menos a ganhar com o acordo, na medida em que seus produtos já enfrentam tarifas próximas a zero e não poderão baixar muito”, afirmam Marcelo José Braga Nonnenberg e Fernando José Ribeiro.

Segundo eles, considerando apenas as tarifas “ad valorem” (tributo baseado em um percentual sobre o valor do bem), a tarifa média aplicada pelo Mercosul atualmente é de quase 13%, contra 4,7% da UE. Apesar disso, os técnicos concluem que o Mercosul também poderia obter ganhos significativos em setores industriais relevantes.

Do ponto de vista do Brasil, dizem, o acordo permitirá substancial redução de preços de produtos manufaturados, especialmente bens de capital, químicos e produtos farmacêuticos, que representam parcela significativa das importações brasileiras da UE.

“Tal redução tem grande potencial de contribuir para o aumento da produtividade da economia brasileira”, dizem. O documento aponta alguns grupos de produtos em que as tarifas médias aplicadas pela UE ao Mercosul ainda são relativamente altas (acima de 9%), como em produtos alimentícios, têxteis e de vestuário. “Portanto, parece haver espaço para ganhos importantes de exportação do Brasil nestes casos.”

Itens que apresentam maior valor de exportação – como minérios, ferro, aço, farinhas, celulose, sementes e frutos oleaginosos (basicamente soja) e café – já enfrentam uma tarifa por parte da UE bastante baixa, logo, o ganho potencial com a liberalização seria pequeno em termos de exportações do Brasil e do Mercosul.

A carta destaca ainda que os países do bloco sul-americano podem obter ganhos adicionais em produtos exportados que hoje enfrentam quotas de importação, que serão ampliadas. “Haverá um aumento efetivo de acesso a mercado em carne de frango, carne suína, etanol e mel, pois as quotas concedidas são bem maiores que as exportações atuais. Nos demais produtos, o benefício será em termos de menores tarifas incidentes sobre volumes que já são exportados hoje.”

Os técnicos dizem ser provável que parte desse ganho se reverta em redução de preço para o consumidor europeu e parte aos exportadores do Mercosul na forma de aumento da margem de lucro. “Há que se notar, contudo, que os ganhos serão limitados, no curto prazo, pelo fato de que a maior parte das quotas será implantada gradualmente (exceto no açúcar); e, no longo prazo, pelo fato de que as quotas estabelecidas serão atingidas em algum momento no futuro, limitando ganhos adicionais em função do eventual aumento da demanda europeia”, ponderam.

Ainda assim, eles dizem que, embora o acordo demore alguns anos para vigorar de forma plena, resultados poderiam ser sentidos já no curto prazo. “A sua aprovação preliminar abre espaço para investimentos externos tanto de empresas do Mercosul na UE quanto de empresas europeias no Mercosul”, afirmam, citando a possibilidade de maior estabilidade de regras, convergência regulatória, mecanismos de solução de controvérsias e transparência.

As exportações do Brasil para a UE alcançaram, em 2018, US$ 32 bilhões, sendo 40% delas produtos do agronegócio. Já as importações do Brasil provenientes da UE no período atingiram US$ 33,2 bilhões, 91% de produtos industriais.

Fonte: Valor 

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A indústria produtora de aço do Brasil criticou nesta segunda-feira o acordo preliminar de livre comércio assinado entre Mercosul e União Europeia, afirmando que o pacto não trará ganhos para o setor.

“Com o acordo, a indústria brasileira do aço perde a preferência em relação ao Mercosul e ainda corre o risco de ter material de países fora do bloco da União Europeia, entrando no mercado por meio de empresas da região travestido de material local”, disse o Instituto Aço Brasil (IABr).

Segundo a entidade, os produtores de aço do país têm uma ociosidade de 34 por cento na capacidade instalada devido à crise econômica do país e ao excesso de oferta mundial de aço.

“O Instituto Aço Brasil entende que as assimetrias competitivas têm que ser corrigidas o quanto antes para que a indústria brasileira do aço possa ter competitividade nessa guerra de mercado”, afirmou a entidade em comunicado. Por assimetrias competitivas, o IABr costuma se referir a custos tributários elevados e infraestrutura deficitária que encarece a logística, entre outros fatores.

“Qualquer abertura sem corrigir assimetrias só agrava a situação da siderurgia, que já enfrenta mercado deprimido e excesso global de oferta de aço de 545 milhões de toneladas”, acrescentou a entidade.

A indústria siderúrgica brasileira tem atualmente alíquota de importação média de 12%, que será zerada após o período de transição do acordo. Segundo o IABr, a taxação atual representa proteção negativa, uma vez que “as assimetrias competitivas do país são muitas”.

De janeiro a maio, a produção brasileira de aço bruto caiu 1,5% sobre o mesmo período do ano passado, para 14 milhões de toneladas. Já as vendas de aço no país tiveram alta de 4,6%, para 7,4 milhões de toneladas.

No fim do abril, o IABr reduziu projeções de desempenho para 2019 após um primeiro trimestre abaixo do esperado, em meio à decepção com o ritmo da economia brasileira e aumentos de custos ligados ao desastre da mina da Vale em Brumadinho, em janeiro.

A projeção aponta crescimento de 2,2% na produção de aço bruto do país, a 36 milhões de toneladas, ante estimativa divulgada em dezembro de alta de 2,7%. A expectativa da entidade para as vendas no mercado interno é de alta de 4,1% este ano, a 19,6 milhões de toneladas de aço. No fim de 2018, a previsão do IABr era de avanço de 5,8% nas vendas internas.

No domingo, Bolsonaro afirmou que o acordo do Mercosul com a UE deverá entrar em vigor em até 3 anos.

Fonte: Reuters

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Usinagem-Brasil 30/05/2019

A indústria brasileira de fundição apresentou resultados relativamente bons neste início de ano, quando comparados aos da maioria dos outros setores industriais, cuja produção continuou estagnada ou mesmo em regressão.

Na comparação dos três primeiros meses deste ano com o primeiro trimestre de 2018, foi registrada uma alta de 3%. Já no comparativo com o mesmo período de 2017, o crescimento foi de significativos 9,4%.

De acordo com Afonso Gonzaga, presidente da Abifa, a associação que representa o setor, este bom desempenho justifica a manutenção da expectativa de um crescimento de 7% em 2019, expressa pela entidade na virada do ano.

Para a Abifa, o cenário otimista deve ser mantido também por conta de algumas medidas que poderão ser adotadas pela equipe econômica do governo federal, como a desoneração da folha de pagamentos e a Reforma da Previdência.

“Isso certamente dará novo fôlego ao empresariado brasileiro, em especial à indústria de fundição e mercados correlatos”, explica Gonzaga.

A produção de fundidos entre janeiro e março deste ano totalizou 566.919 t, entre ferro fundido (453.537 t), aço (66.108 t) e metais não ferrosos (47.274 t) – em que estão o cobre (5.121 t), zinco (294 t), alumínio (40.599 t) e magnésio (1.260 t).

O mercado interno consumiu 478.057 t, 5,6% mais do que no primeiro trimestre do ano passado. Já as exportações de fundidos caíram 9% em peso (88.862 t) e 13,1% em valores.

Apesar da queda, as exportações têm se mantido mais ou menos constantes, tendo representado 16,5% da produção total de fundidos em 2018. Em março último, este percentual foi de 15,7%. Os EUA são os principais clientes externos do Brasil.

O país, de qualquer forma, vem perdendo posições no ranking mundial da produção de fundidos, tendo caído três posições nos últimos quatro anos.

Hoje o Brasil ocupa o décimo lugar no ranking liderado pela China, Índia e EUA, que respondem por 70% da produção mundial, ou 71,13 milhões de toneladas.

Com a produção de fundidos em ligeiro crescimento, o número de trabalhadores nas fundições brasileiras permaneceu estável, totalizando 55.872 colaboradores em março, expansão de 0,1% em relação ao mês anterior.

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O Estado de São Paulo 16/05/2019

À espera do desfecho das discussões sobre a reforma da Previdência, muitas empresas projetaram a melhora da economia e a retomada da expansão de seus negócios neste ano. “O ministro Paulo Guedes, da Economia, ao dar como certa a aprovação da reforma, criou uma expectativa no mercado, que ainda não foi concretizada”, diz Istvan Kasnar, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ebape).

Segundo Kasnar, as indústrias ainda sofrem impacto dos erros da política econômica dos últimos anos e podem ter seus resultados impactados por decisões que estão “na promessa”, como o caso da reforma da Previdência e o choque de energia barata. “Ao considerar a reforma da Previdência uma bala de prata para a recuperação da economia, o governo esquece que tem toda uma agenda maior de reformas que deve ser colocadas em prática”, diz ele, referindo-se ao déficit das contas públicas.

O ambiente de incerteza não contribui para que as empresas se animem a tirar investimentos do papel, segundo Roberto Padovani, economista-chefe do Banco Votorantim. Na dúvida sobre as reformas e a recuperação econômica, muitas companhias estão jogando para 2020 os projetos deste ano.

Vale e Petrobrás

Enquanto a maior parte dos negócios foi afetada pela crise da economia doméstica, outros melhoraram a rentabilidade, como energia elétrica, eletroeletrônicos e locação de veículos.

Alguns, porém, foram castigados por eventos específicos. O caso mais emblemático é o da mineradora Vale. O resultado da empresa foi afetado pela tragédia do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, que resultou em 238 mortos até o momento. A crise da Vale acabou impulsionando os preços do minério de ferro e a própria mineradora foi beneficiada pelo movimento.

Diante dos altos custos para tentar minimizar o problema que causou, a Vale registrou prejuízo de R$ 6,4 bilhões, ante um lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no mesmo período do ano passado. Os dados financeiros da Vale, no entanto, foram excluídos do levantamento da Economática – que mostrou uma queda de 5,7% no lucro líquido das empresas nacionais – porque distorceria os resultados, ampliando a retração.

Já a Petrobrás fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 4,03 bilhões, resultado 42% menor que R$ 6,96 bilhões do ano passado. O setor de óleo e gás, que foi um dos que ajudaram a impulsionar economia entre 2004 e 2013.

O dólar valorizado garantiu o resultado de parte das empresas exportadoras – como as ligadas ao agronegócio, por exemplo. Mas nem as exportadoras estão imunes a “solavancos”: as companhias de papel e celulose, por exemplo, foram afetadas nos primeiros meses do ano ao preço baixo da commodity no mercado internacional. A área fechou o primeiro trimestre com prejuízo acumulado de mais de R$ 1,4 bilhão.

Bancos

O setor financeiro desponta como a exceção. O lucro dos bancos saltou de R$ 17,3 bilhões, nos três primeiros meses de 2018, para R$ 21,2 bilhões, no primeiro trimestre deste ano. Esses dados também ficaram de fora do levantamento para evitar distorções no resultado.

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DCI 09/05/2019

O Produto Interno Bruto (PIB) per capita (por pessoa) só deverá alcançar um pico de crescimento semelhante ao verificado entre 2010 e 2013 – de 13% em relação aos quatro anos imediatamente anteriores – a partir de 2023.

Diante da forte recessão econômica, o PIB per capita brasileiro chegou a despencar 9% entre os anos de 2014 e 2017. “Não há nenhuma queda na nossa história que se compare à perda que nós tivemos nos últimos anos”, afirmou ontem o economista do Santander, Luciano Sobral, ao se referir a uma série histórica do PIB per capita que vai de 1905 a 2017.

O economista esteve em um evento da seguradora de crédito Euler Hermes, na capital paulista. Sobral destacou que a expectativa de recuperação do PIB per capita leva em conta o andamento das reformas, com destaque para a aprovação de mudanças na Previdência Social.

Por outro lado, a reforma no sistema de aposentadorias não garantirá que a taxa de câmbio do País retorne para um patamar mais próximo de R$ 3,00. A previsão do Santander é que o dólar feche a R$ 4,00 este ano e a R$ 4,30 em 2020. Nas duas últimas semanas, a taxa tem rodado em torno de R$ 3,90.

Para além das questões políticas internas, há outros fatores que estão colaborando para o encarecimento do dólar no Brasil. Um deles é a redução do diferencial da taxa básica de juros do Brasil (Selic) e a dos Estados Unidos (EUA).

“Durante muito tempo, o País registrou a maior taxa de juros do mundo. Quando o Brasil estava com a Selic a 14,25% ao ano [julho de 2015 a outubro de 2016], os EUA tinham um juro próximo de zero. O diferencial era praticamente de 14 pontos percentuais”, disse. “Era atrativo colocar dinheiro no Brasil. Porém, hoje, o diferencial de juros chega a ser de 3 pontos, 4 pontos, o que não paga o risco da nossa moeda”, completou.

Mudança de decisões

Além disso, o processo de redução da Selic de 14,25% em outubro de 2016, para 6,50% em maio de 2018 – patamar no qual se encontra até hoje – estimulou as empresas nacionais a se financiarem no mercado de crédito interno e a se protegerem em dólar (por meio de contratos de hedge).

Sobral ressaltou também que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) herdou da gestão do ex-presidente Michel Temer um cenário macroeconômico um pouco mais positivo do que o recebido por este em 2015. Além da queda da Selic, a economia passa por um momento de inflação controlada, contas externas ajustadas, melhores condições de crédito, além de queda do risco-país.

O grande problema, porém, continua sendo a questão fiscal. “As empresas não estão com muita pressa de tomar de decisões de médio e longo prazo, sem saber muito bem o que irá acontecer [com as reformas fiscais]”, afirmou Sobral.

No entanto, sem a retomada dos projetos de investimento das empresas, a tendência é de pouco avanço no mercado de trabalho. O desemprego atinge hoje 13,4 milhões de pessoas.

Para o Sobral, “se tudo der certo”, o PIB brasileiro tem potencial para crescer até 3% pelos próximos cinco anos. Para este ano, o Santander projeta expansão de 1,3%. Sobral admite que os analistas ficaram muito otimistas com a eleição de Bolsonaro, traçando previsões de PIB para 2019 que, na época, chegaram a 3%.

Contudo, o que se viu logo nos dois primeiros meses deste ano foi uma deterioração das estimativas, diante da queda da confiança dos consumidores e das empresas, frente às incertezas políticas.

Risco por setor

O diretor de risco da Euler Hermes Brasil, Felipe Tanus, contou que a seguradora realiza, trimestralmente, uma classificação de risco de 19 setores no País. A última análise da empresa indicou que a construção civil e o setor têxtil são os dois segmentos que mais preocupam. Em relação ao primeiro, espera-se uma recuperação a partir do quarto trimestre de 2019, tendo em vista a agenda de concessões em infraestrutura do governo federal.

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O Estado de São Paulo 03/05/2019

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,2 ponto em abril ante março, para 94,3 pontos, informou nesta quinta-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi a primeira alta após dois meses seguidos de queda, quando o ICE perdeu 3,5 pontos. Na métrica de média móveis trimestrais, o índice recuou pela segunda vez, em 1,1 ponto.Em nota, a FGV destacou que o quadro de abril é de estabilidade. “O resultado retrata uma economia que continua crescendo lentamente, levando as empresas a se tornarem gradualmente menos otimistas. A piora das expectativas em abril foi também influenciada pelo aumento da incerteza econômica no mês”, diz a entidade.A estabilidade de abril foi marcada por uma alta nas percepções sobre o momento corrente e uma queda nas visões sobre o futuro. O Índice de Situação Atual subiu 0,4 ponto em abril, para 90,6 pontos, “voltando ao nível de janeiro de 2019”, segundo a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 0,5 ponto, para 99,3 pontos, terceira queda seguida e menor nível desde novembro do ano passado.O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,2 ponto em abril ante março, para 94,3 pontos, informou nesta quinta-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi a primeira alta após dois meses seguidos de queda, quando o ICE perdeu 3,5 pontos. Na métrica de média móveis trimestrais, o índice recuou pela segunda vez, em 1,1 ponto.Em nota, a FGV destacou que o quadro de abril é de estabilidade. “O resultado retrata uma economia que continua crescendo lentamente, levando as empresas a se tornarem gradualmente menos otimistas. A piora das expectativas em abril foi também influenciada pelo aumento da incerteza econômica no mês”, diz a entidade.A estabilidade de abril foi marcada por uma alta nas percepções sobre o momento corrente e uma queda nas visões sobre o futuro. O Índice de Situação Atual subiu 0,4 ponto em abril, para 90,6 pontos, “voltando ao nível de janeiro de 2019”, segundo a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 0,5 ponto, para 99,3 pontos, terceira queda seguida e menor nível desde novembro do ano passado.O ICE reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.366 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de abril.

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Valor Econômico 25/04/2019


O Brasil poderia já ter sido beneficiado pelo ambiente externo mais favorável, mas está deixando passar essa oportunidade, na avaliação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Segundo o instituto, o cenário de maior liquidez internacional, proporcionado pelos juros baixos nos países desenvolvidos, elevou o fluxo de capitais para emergentes no primeiro trimestre. Por aqui, no entanto, o mau humor gerado pelas incertezas em relação à agenda de reformas e pelo fraco desempenho da atividade impediu que a economia brasileira surfasse essa onda.

Divulgado com exclusividade ao Valor, o Boletim Macro de abril trouxe a nova projeção do Ibre para o crescimento econômico em 2019, de 1,8%, número 0,3 ponto percentual abaixo do anterior, mas ainda considerado otimista pela entidade. Para os três primeiros meses do ano, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzida de 0,6% para 0,4%, na comparação com o último trimestre de 2018, feitos os ajustes sazonais.

Coordenadora técnica do boletim, Silvia Matos destaca que, de janeiro a março, os serviços garantiram o avanço esperado para o PIB pela ótica da oferta. Nos cálculos da equipe de conjuntura do Ibre, a atividade do setor cresceu 0,6% na passagem trimestral, enquanto a indústria aumentou 0,4% e a produção agropecuária encolheu 0,6%.

Responsáveis por pouco mais de 70% do PIB, os serviços estão segurando a atividade, diz ela, mas mesmo este segmento pode decepcionar daqui para frente, tendo em vista o risco de perda de força adicional da economia. “Por enquanto, nossa previsão é de crescimento de 1,9% em 2019 neste setor, o que representa aceleração em relação ao crescimento de 1,3% em 2018. Mas os riscos continuam na mesma direção, de desaceleração”, comentam Silvia e a pesquisadora Luana Miranda. Na visão delas, o descompasso entre os serviços e outros setores deve recuar somente no segundo semestre.

Do lado negativo, a maior frustração no início do ano veio da atividade industrial. A equipe de conjuntura do Ibre prevê que o PIB da indústria extrativa mineral diminuiu 5,4% nos três meses terminados em março, como reflexo do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). Trabalhando com uma redução de 20% na produção de minério de ferro em decorrência do desastre, o efeito negativo no PIB deste ano seria de 0,2 ponto nas estimativas do instituto.

Para o PIB do setor manufatureiro, a expectativa é alta de 0,8% nos primeiros três meses do ano, número que também ficou aquém do previsto inicialmente. Para além da fraqueza da demanda externa causada pela recessão na Argentina, importante parceiro comercial brasileiro, os empresários já começaram a relatar piora da demanda doméstica no Índice de Confiança da Indústria (ICI), observa Silvia.

Na seção de confiança do boletim, os pesquisadores Aloisio Campelo e Rodolpho Tobler mostram que os indicadores do empresariado e das famílias diminuíram em março e voltaram ao mesmo nível de igual mês de 2018, devolvendo a onda de otimismo provocada pelo resultado das eleições presidenciais.

Na comparação com fevereiro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 2,7 pontos, para 94 pontos, ao passo que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 96,1 pontos para 91 pontos. A retração foi mais forte no componente de expectativas do que no relativo à situação atual. “A queda mais forte das expectativas em março sugere um quadro ainda mais complicado, em que a economia demora a acelerar, levando à perda do ânimo inicial com o novo governo”, apontam Campelo e Tobler.

Segundo os economistas, a confiança deve permanecer em nível baixo no primeiro semestre, prejudicada pelo ritmo lento da atividade e pelas perspectivas de demora na aprovação da reforma previdenciária. Para que o humor de empresários e consumidores melhore de forma significativa, é preciso que a incerteza econômica diminua, afirmam.

A estimativa de alta de 1,8% do PIB em 2019 embute que o mau humor em relação aos ambientes econômico e político vai se dissipar em algum momento, ressalta Silvia. Caso ele persista, o PIB deve repetir o comportamento de 2018, crescendo perto de 1%. “Mas as notícias negativas podem acabar forçando uma agilidade maior do governo e maior responsabilidade do Congresso na aprovação da reforma, para tentar reverter esse quadro”, avalia a economista do Ibre – FGV.

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