Fabricante francesa de tubos de aço, a Vallourec cortará cerca de 2.950 empregos, fechará algumas fábricas na Alemanha, França e Reino Unido e transferirá parte da produção para o Brasil para acelerar o crescimento dos lucros à medida que a demanda se recupera.
Planejamento da empresa
O plano, que deve ser concluído no primeiro trimestre de 2024, aumentará o lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização em 230 milhões de euros (US$ 241 milhões), disse a empresa, que reestruturou sua dívida no ano passado. A melhora de geração de caixa será de 250 milhões de euros graças a uma redução nas despesas de capital.
O CEO da companhia, Philippe Guillemot, afirmou que às decisoes devem permitir que a Vallourec permaneça lucrativa quaisquer que sejam as condições do mercado. Na Alemanha, onde cerca de 2.400 empregos serão cortados, as operações da Vallourec perderam em média 100 milhões de euros por ano nos últimos anos.
Setor petrolífero
O setor de serviços petrolíferos está se beneficiando de uma recuperação pós-pandemia na demanda de energia. No entanto, os produtores de hidrocarbonetos continuam cautelosos em aumentar os gastos com exploração e novos poços para evitar investimentos excessivos que ocorreram durante os booms anteriores da demanda.
O Ebitda da Vallourec caiu para 45 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, de 80 milhões de euros um ano antes, pois a empresa teve de suspender temporariamente as operações em uma mina de minério de ferro no Brasil.
Mineração
Graças à recuperação da demanda e ao reinício progressivo de sua atividade de mineração, a Vallourec agora espera que seu Ebitda aumente “significativamente” este ano.
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição e incorporação da Metalgráfica Iguaçu pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Em contrapartida, a CSN cederá aos atuais acionistas da Iguaçu um percentual de ações que será aprovado em assembleia geral extraordinária das companhias.
Produção de Aço
A CSN atua em toda a cadeia produtiva do aço, desde a extração do minério de ferro até a produção e comercialização de uma gama diversificada de produtos de aço, por meio de áreas de negócios próprias e de suas controladas. Já a Iguaçu, empresa brasileira, atua na fabricação de embalagens metálicas e detém, como sua principal controladora, a Merisa Engenharia e Planejamento.
De acordo com a CSN, a operação tem como objetivo manter um fabricante no mercado de embalagens metálicas e, consequentemente, a demanda por folhas metálicas; adquirir linhas de produção de embalagens metálicas mais modernas e produtivas; e garantir a retomada e o crescimento da atividade produtiva da Iguaçu.
No caso da Iguaçu, o negócio é considerado pelos acionistas como imprescindível para sanear as contas e evitar o endividamento.
Análise da operação
Após analisar o mercado afetado pela operação, a Superintendência-Geral do Cade verificou existirem fatores que geram pressões concorrenciais de forma a tornar improvável o exercício de poder de mercado por parte das empresas envolvidas. Por essa razão, decidiu aprovar o negócio sem restrições.
Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral terão caráter terminativo e as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.
Fonte: Inda
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A produção brasileira de aço bruto em 2022 deve subir 2,2% em relação ao ano passado, para 36,97 milhões de toneladas, afirmou a entidade que representa as empresas do setor, Aço Brasil.
Vendas Internas de Aço
A instituição previu também alta de 2,5% nas vendas internas de aço em 2022, para 23 milhões de toneladas; e avanço de 1,5% no consumo aparente da liga no país, a 26,88 milhões de toneladas, segundo dados de apresentação a jornalistas.
Em março, a produção brasileira de aço bruto somou 2,946 milhões de toneladas, aumento de 4,9% sobre um ano antes. Mas o consumo aparente do produto caiu 14,2%, a 2,079 milhões de toneladas.
Segundo o presidente da Aço Brasil, Marco Polo Lopes, um dos desdobramentos do conflito Rússia-Ucrânia foi a intensificação da guerra comercial ao redor do mundo para países produtores defenderem seus mercados, com medidas incluindo salvaguardas, subsídios e elevação de tarifas.
Capacidade de produção em 2021
No fim de 2021, o mercado produtor já tinha um excesso de capacidade de 518 milhões de toneladas.
Lopes disse ser normal que países eventualmente facilitem a importação de produtos como forma de equilibrar preços. E o aço tem sido uma das commodities globais que mais subiram nos últimos meses, inflacionando custos de várias indústrias.
“Mas o Brasil não pode ser o destinatário do desvio do comércio de outros países”, disse Lopes.
O executivo também rejeitou a classificação do aço como um dos principais vilões da inflação brasileira, que tem estado acima de dois dígitos ao ano desde 2021, muito acima da meta oficial.
Segundo a entidade que ele preside, a contribuição do aço no Índice de Preço ao Atacado (IPA) da FGVs é baixa. Em 12 meses até março, considerando o IPA total de 17,6%, a participação do vergalhão foi de 0,013 ponto percentual e da bobina a quente de 0,103 ponto. “O aço não pode ser responsabilizado pela inflação”, afirmou Lopes.
Fonte: Inda
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A demanda global por produtos acabados de aço neste ano vai crescer apenas 0,4%, chegando a 1,84 bilhão de toneladas, segundo previsão publicada pela World Steel Association (Worldsteel), entidade que reúne os fabricantes mundiais do setor.
A projeção faz parte do relatório Short Range Outlook (SRO), que é publicado duas vezes ao ano — abril e outubro. O crescimento será inferior ao registrado no ano passado, que foi de 2,7%, aponta o relatório.
Demanda mundial
Para o próximo ano, conforme o SRO publicado pela Worldsteel, a demanda mundial de aço voltará a crescer com mais robustez, atingindo 2,2% ante os volumes de 2022. A projeção indica que alcançará 1,88 bilhão de toneladas.
A previsão atual, observa a entidade, leva em conta o contexto da guerra da Rússia na Ucrânia e está sujeita a incertezas. Uma delas é a inflação global, que “obscurece as perspectivas para o consumo de aço”.
Máximo Vedoya, presidente do Comitê de Economia da Worldsteel, comentou: “Esta perspectiva de curto prazo é feita à sombra da tragédia humana e econômica após a invasão russa da Ucrânia. Todos desejamos um fim tão rápido e pacífico para esta guerra, o quanto possível”.
Relatório em 2021
Segundo o relatório, em 2021 a recuperação do choque pandêmico acabou sendo mais forte do que o esperado em muitas regiões, apesar dos problemas contínuos da cadeia de suprimentos e das ondas de covid-19.
“No entanto, uma desaceleração mais acentuada do que o previsto na China levou a um menor crescimento da demanda global de aço em 2021”, indica o SRO.
Para 2022 e 2023, as perspectivas são altamente incertas. “A expectativa de uma recuperação contínua e estável da pandemia foi abalada pela guerra na Ucrânia e pelo aumento da inflação”, conclui o relatório.
Demanda na China
A demanda chinesa, cujo país é o maior produtor e consumidor mundial de aço, teve uma grande desaceleração em 2021 devido às duras medidas do governo sobre incorporadoras imobiliárias, aponta o SRO. Além de ações para amenizar as emissões de CO2 no país e conter a alta especulativas dos preços do minério de ferro.
Mas, para este ano, informa o SRO, a demanda vai permanecer estável à medida que o governo tenta aumentar os investimentos em infraestrutura e estabilizar o mercado imobiliário.
“Os estímulos introduzidos em 2022 provavelmente sustentarão um pequeno crescimento positivo na demanda por aço em 2023. Há potencial de alta de medidas de estímulo mais substanciais”, em um ambiente externo em deterioração, destaca.
A previsão é que a demanda por aço na economia chinesa neste ano fique igual à de 2021, que registrou retração de 5,4% ante 2020, e venha com leve crescimento de 1% em 2023.
Consumo de Aço
Entre os dez maiores produtores, a indicação do SRO é que, na Europa, o consumo de aço na Alemanha sofra declínio de 0,6% em 2022, reagindo com alta de 7,6% no próximo ano. Para a Itália é visto um recuo de 2,1% neste ano e alta de 3,5% no próximo.
O relatório de curto prazo da Worldsteel prevê queda de 8,5% na demanda de aço do Brasil neste ano, na comparação com 2021, que teve expansão recorde de 23,2% sobre os números de 2020. A recuperação no mercado brasileiro viria em 2023, com 5%.
Fonte: Inda
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As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, voltaram a crescer em março deste ano, atingindo 50.217 toneladas, alta de 56% em relação a fevereiro (32.191 toneladas) e de 126% comparadas ao mesmo mês do ano passado.
Exportação de sucata ferrosa em 2022
No acumulado do primeiro trimestre, as exportações chegaram a 120.612 toneladas, ante 64.883 toneladas nos primeiros três meses de 2021, um aumento de 86%, conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia, Secex.
Segundo o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga, o conflito na Ucrânia continua a afetar os preços da sucata metálica no mercado internacional. “A alta também nos preços do insumo chegou ao Brasil em abril”, afirma Alvarenga. Ele acrescenta que os recicladores brasileiros só exportam o excedente não consumido no mercado interno.
Alta nos custos
Segundo uma fonte ouvida pela S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarks para os mercados de commodities, com a alta dos custos, principalmente dos combustíveis, os recicladores vêm negociando a sucata metálica por preços mais elevados em abril.
Os preços do ferro gusa e do minério de ferro deram grande salto em função da guerra, com a paralisação de usinas, e o reflexo ocorreu também na sucata metálica.
Inesfa vai representar toda a reciclagem
O Inesfa irá realizar um seminário para formalizar a entidade como representante de todos os setores da reciclagem, incluindo ferro e aço, vidro, papel, alumínio e plástico, um total de mais de 5 milhões de pessoas que vivem dessa atividade no país. O Inesfa vai representar e será o porta-voz dos recicladores em todo o país.
“Os recicladores sempre tiveram um papel essencial no Brasil, ao lado dos catadores (os chamados ‘carrinheiros’) na preservação e defesa do meio ambiente e na economia circular. Mas, apesar disso, ainda são pouco reconhecidos e estimulados, principalmente pelos três poderes do país, Executivo, Legislativo e Judiciário”, afirma Clineu Alvarenga.
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A Usiminas informou que apresentou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) o quinto “Estudo de percepção da população de incômodo causado pelas partículas sedimentáveis”.
O estudo foi realizado pela CP2 Instituto de Pesquisa, que ouviu 1,1 mil moradores de 11 bairros, nos meses de fevereiro e março de 2022.
Primeiro trimestre de 2022
No primeiro trimestre do ano passado, quando foi realizado o primeiro estudo previsto no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MPMG, 49% dos moradores afirmavam que as partículas sedimentáveis aumentavam a cada ano.
Agora, no trimestre passado, houve uma redução de 19 pontos percentuais e 30% dos entrevistados fizeram a mesma afirmação. Por sua vez, 27% da população afirma perceber redução e para outros 39% há estabilidade, apontou a pesquisa.
Investimento em iniciativas
“Nos últimos três anos foram investidos mais de R$ 100 milhões, em diversas iniciativas, e, entre 2022 e 2024, estão previstos mais R$ 400 milhões. Todo esse trabalho é também acompanhado junto à comunidade por meio de uma pesquisa semestral, que nos possibilita verificar a percepção dos moradores. Para nós, é muito positivo constatar que a percepção da comunidade acompanha os investimentos e os resultados obtidos”, explica Lucas Lima Mesquita, gerente-geral de Meio Ambiente da Usiminas.
As ações realizadas pela companhia nos últimos anos mostram importantes resultados, com uma redução significativa da taxa de deposição de partículas sedimentáveis nos bairros do entorno da usina.
Em 2021, comparativamente ao período de referência definido no TAC (2018-2019), houve reduções da taxa de deposição de partículas sedimentáveis oriundas da operação da Usiminas em todos os locais monitorados, variando entre 13% e 66%. A próxima pesquisa deve ser realizada entre os próximos meses de agosto e setembro.
Fonte: Inda
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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informa que a CSN Cimentos e a CSN Energia divulgaram em 8 de abril a celebração do contrato com o Brookfield Americas Infrastructure (Brazil Power) para adquirir 100% das ações de emissão da Santa Ana Energética.
As informações relacionadas aos valores da negociação não foram divulgadas pelas empresas.
Detalhes do acordo entre as companhias
A empresa informa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Santa Ana é titular de outorga para a exploração da Pequena Central Hidrelétrica Santa Ana (PCH Santa Ana), bem como da Topázio Energética e, indiretamente, da Brasil Central Energia (BCE), subsidiária da Topázio, titular de outorga para a exploração da Pequena Central Hidrelétrica Sacre II (PCH Sacre e, em conjunto com a PCH Santa Ana).
A CSN será garantidora das obrigações da CSN Cimentos e da CSN Energia. O fechamento da Operação está sujeito, dentre outras condições suspensivas, à aprovação por parte das autoridades concorrenciais e regulatórias.
Fonte: Inda
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A pressão de custos de matérias-primas e insumos metálicos na fabricação de aço por parte de siderúrgicas integradas pode se estender por um bom tempo ainda. Apenas os preços do minério de ferro e do carvão metalúrgico, os dois principais ingredientes, subiram cerca de US$ 324 a tonelada de janeiro até meados do mês de abril.
Minério de Ferro
Segundo dados de consultorias, a cotação do minério de ferro passou de US$ 112,08 em 1º de janeiro para US$ 161,25 ontem no mercado chinês, conforme levantamento da Trading Economics. Ou seja, uma alta de quase US$ 50 a tonelada no período.
Esse valor resulta em aumento de US$ 80 para cada tonelada de aço produzida, uma vez que são necessários 1.600 quilos de minério na fabricação de 1 tonelada de aço bruto.
De carvão metalúrgico, que são usados 600 quilos para cada tonelada de aço, estima-se, no período, alta na faixa de US$ 400, com o insumo sendo negociado, após início da guerra da Rússia na Ucrânia, entre US$ 650 e US$ 700 a tonelada.
Com isso, somente deste insumo o custo adicional por tonelada é de US$ 240. Somando-se com os US$ 80 do minério, apenas o custo das duas matérias-primas atinge US$ 320 para as siderúrgicas.
Recuperação da produção
Na avaliação de José Carlos Martins, sócio da Neelix Consulting Mining & Metals, o cenário não mudou, embora a volatilidade tenha se reduzido. “Aparentemente, a esperada escassez causada pela guerra e as sanções ainda não se manifestaram com toda a intensidade em algumas commodities”, afirma.
Para ele, o mercado pode estar apostando em alguma forma de “drible” das sanções ou mesmo no arrefecimento da demanda global em função dos gargalos logísticos que estão surgindo e também no aumento das taxas de juros internacionais para coibir a demanda.
“No caso do minério de ferro, os preços têm se sustentado acima de US$ 150 a tonelada mais em função de uma recuperação da produção de aço na China do que vem acontecendo”, afirma Martins. Ele diz haver uma recuperação da produção de aço em relação ao final do ano passado, mas tem sido menor que o esperado.
Segundo o consultor, o setor de propriedades imobiliárias, que responde por 25% da demanda de aço na China, continua bastante deprimido.
Estoque de minério
Ele informa ainda que os estoques de minério nos portos chineses têm se mantido em nível elevado — em torno de 155 milhões de toneladas — mesmo com o governo penalizando a retenção por parte de tradings e importadores. “Acredito que o governo chinês está fazendo vistas grossas visando garantir o abastecimento interno em função da guerra e das sanções sobre a Rússia”, diz.
Para Martins, a inflação de commodities, no geral, está afetando todos os países e é cada vez mais provável um aumento generalizado das taxas de juros para conter a demanda. “Isso porque a oferta não sobe para acompanhar a demanda. Então, só restará conter a demanda com esse remédio amargo”, destaca.
“O efeito da guerra e das sanções, por enquanto, afetou mais as expectativas e o mercado futuro. O impacto real no balanço de oferta e demanda ainda não se fez sentir”, resume o consultor.
Fonte: Inda
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O mercado de aços planos no Brasil começou o mês de abril com um forte reajuste, na casa dos 20%. Para os próximos meses, os novos aumentos vão depender de uma série de fatores como: evolução das cotações do minério de ferro e do carvão (insumos cruciais), preços do aço no exterior, valorização do real frente ao dólar e futuro dos embates entre a Rússia e a Ucrânia.
Preço do Aço
De acordo com avaliações de especialistas ouvidos pelo periódico Valor Econômico, há um cenário de “imprevisibilidade” grande neste momento. O dólar a R$ 4,70 seria um fator para reduzir o prêmio entre aço importado e o nacional. Mas a moeda americana vai se desvalorizar mais? Ou, por quanto tempo ela pode se manter no atual patamar?
No dia 1º de abril, tanto CSN quanto Usiminas aplicaram os reajustes que vinha prometendo, de 20%. Será em duas vezes. A CSN começou com 12,5% e na segunda quinzena vai subir os 7,5% restantes. A siderúrgica mineira começou com 15% – os outros 5% virão 15 ou 20 dias depois.
Reajuste de valores
A CSN informou que vai reajustar toda linha (laminados a quente e a frio, zincados, pré-pintados e longos), com exceção de folhas metálicas.
Usadas na fabricação de embalagens, como latas de tintas, de alimentos e outras, as folhas metálicas terão aumento de 7,5% no início de maio, disse Martinez.
A ArcelorMittal, que faz material plano em Serra (laminado a quente) e em São Francisco do Sul (laminado a frio e galvanizados), aplica a partir de hoje os mesmos percentuais de CSN e Usiminas, também distribuídos em duas parcelas, informou executivo da área de distribuição.
Laminados
A Gerdau também decidiu fazer reajuste em seus laminados a quente e chapas grossas, mas ainda não informou detalhes do percentual e se será parcelado.
Os mercados consumidores que sofrerão reajustes são a construção civil, indústria (máquinas e equipamentos, bens eletrodomésticos, implementos agrícolas, tubos, autopeças e outros) e a rede de distribuição (que vende aço no varejo).
As montadoras de automóveis têm datas específicas de aumento do aço que compram – uma, ou duas vezes, por ano. A CSN, por exemplo, vai acertar reajuste em julho, informou Martinez. A previsão é na casa dos 15%.
“Vai ser uma pancada no nosso negócio, considerando que o mercado nacional já está todo abastecido”, disse uma fonte da rede de distribuição. O segmento é responsável por cerca de um terço do aço plano comercializado no país.
Mercado Global de Aço
No mercado global de aço, Rússia e Ucrânia observaram a alta de preços desde o início do conflito entre os dois países, considerados produtores e exportadores de aço relevantes. O choque de preços atingiu desde gás e petróleo até trigo e fertilizantes, além de aço, metais de base e matérias-primas como carvão.
As placas de aço, material semiacabado para fazer produtos laminados, saíram de US$ 600 a tonelada para a faixa de US$ 1.150 a US$ 1.180. Isso se deveu ao aumento do carvão, que praticamente dobrou de preço, indo a próximo de US$ 700 a tonelada. O minério ganhou alta na faixa de US$ 30 desde o início da guerra. “Toda cadeia setorial do aço foi impactada e não conseguimos ver um cenário de reequilíbrio da oferta e dos preços tão cedo”, comenta Martinez.
Fonte: Inda
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O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian atingiu uma máxima de sete meses e o índice de referência da Bolsa de Cingapura se recuperou acima de US$ 150 a tonelada, com traders aplaudindo a decisão da China de aumentar sua injeção de fundos de curto prazo para combater qualquer possível aperto de liquidez do mercado.
Minério de Ferro
Outros ingredientes siderúrgicos negociados na Bolsa de Commodities de Dalian e os preços do aço na Bolsa de Futuros de Xangai também subiram, apesar do sentimento de risco em outros ativos em meio ao aumento das restrições pela Covid-19 na China.
O contrato de minério de ferro mais negociado de Dalian, para entrega em setembro, encerrou as negociações diurnas em alta de 4,4%, a 870 yuans (US$ 136,52) a tonelada, depois de atingir 882,50 yuans, seu maior nível desde 30 de agosto.
O contrato de minério de ferro mais ativo, para entrega em maio, na Bolsa de Cingapura, subia 0,42%, para US$ 153,80 a tonelada.
Mercado mundial
“O mercado vendeu inicialmente nos primeiros 15 minutos, mas desde então reagiu muito positivamente ao Banco Popular da China injetando 150 bilhões de renminbi, reforçando a liquidez de curto prazo antes do final do trimestre atual”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities em Cingapura.
“Injeções de liquidez mais agressivas proporcionam ao mercado algum grau de conforto e confiança de que os bancos locais não enfrentarão um aperto de financiamento”, disse ele.
Produção de Aço
A China também lançará em breve medidas para facilitar a emissão de títulos por empresas privadas, disse o regulador de valores mobiliários da China na noite de domingo.
O aumento das restrições por conta do coronavírus na China, maior produtora de aço, com o centro financeiro de Xangai lançando um bloqueio em dois estágios, pode prejudicar ainda mais as perspectivas de crescimento para a segunda maior economia do mundo.
Fonte: Inda
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