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A demanda global por produtos acabados de aço neste ano vai crescer apenas 0,4%, chegando a 1,84 bilhão de toneladas, segundo previsão publicada pela World Steel Association (Worldsteel), entidade que reúne os fabricantes mundiais do setor.
A projeção faz parte do relatório Short Range Outlook (SRO), que é publicado duas vezes ao ano — abril e outubro. O crescimento será inferior ao registrado no ano passado, que foi de 2,7%, aponta o relatório.
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Para o próximo ano, conforme o SRO publicado pela Worldsteel, a demanda mundial de aço voltará a crescer com mais robustez, atingindo 2,2% ante os volumes de 2022. A projeção indica que alcançará 1,88 bilhão de toneladas.
A previsão atual, observa a entidade, leva em conta o contexto da guerra da Rússia na Ucrânia e está sujeita a incertezas. Uma delas é a inflação global, que “obscurece as perspectivas para o consumo de aço”.
Máximo Vedoya, presidente do Comitê de Economia da Worldsteel, comentou: “Esta perspectiva de curto prazo é feita à sombra da tragédia humana e econômica após a invasão russa da Ucrânia. Todos desejamos um fim tão rápido e pacífico para esta guerra, o quanto possível”.
Segundo o relatório, em 2021 a recuperação do choque pandêmico acabou sendo mais forte do que o esperado em muitas regiões, apesar dos problemas contínuos da cadeia de suprimentos e das ondas de covid-19.
“No entanto, uma desaceleração mais acentuada do que o previsto na China levou a um menor crescimento da demanda global de aço em 2021”, indica o SRO.
Para 2022 e 2023, as perspectivas são altamente incertas. “A expectativa de uma recuperação contínua e estável da pandemia foi abalada pela guerra na Ucrânia e pelo aumento da inflação”, conclui o relatório.
A demanda chinesa, cujo país é o maior produtor e consumidor mundial de aço, teve uma grande desaceleração em 2021 devido às duras medidas do governo sobre incorporadoras imobiliárias, aponta o SRO. Além de ações para amenizar as emissões de CO2 no país e conter a alta especulativas dos preços do minério de ferro.
Mas, para este ano, informa o SRO, a demanda vai permanecer estável à medida que o governo tenta aumentar os investimentos em infraestrutura e estabilizar o mercado imobiliário.
“Os estímulos introduzidos em 2022 provavelmente sustentarão um pequeno crescimento positivo na demanda por aço em 2023. Há potencial de alta de medidas de estímulo mais substanciais”, em um ambiente externo em deterioração, destaca.
A previsão é que a demanda por aço na economia chinesa neste ano fique igual à de 2021, que registrou retração de 5,4% ante 2020, e venha com leve crescimento de 1% em 2023.
Entre os dez maiores produtores, a indicação do SRO é que, na Europa, o consumo de aço na Alemanha sofra declínio de 0,6% em 2022, reagindo com alta de 7,6% no próximo ano. Para a Itália é visto um recuo de 2,1% neste ano e alta de 3,5% no próximo.
O relatório de curto prazo da Worldsteel prevê queda de 8,5% na demanda de aço do Brasil neste ano, na comparação com 2021, que teve expansão recorde de 23,2% sobre os números de 2020. A recuperação no mercado brasileiro viria em 2023, com 5%.
Fonte: Inda
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