Normas para tubos de aço: A importância de seguir as...
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O setor foi favorecido pelos altos preços das commodities metálicas, como minério de ferro, cobre, ouro e alumínio e pelo câmbio, pois é um grande exportador. A expectativa para 2022, no entanto, é de um cenário com preços ajustados a patamares mais baixos em relação aos picos e de demanda sob pressão, principalmente do maior consumidor de commodities do mundo, a China.
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Para o minério de ferro, cujos preços chegaram perto de US$ 240 a tonelada em meados de maio, a previsão é de que ficará na faixa de US$ 80 a US$ 90 a tonelada, comenta Wilson Brumer, presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Essas cotações estão em linha com o que estimam analistas e especialistas do mercado de commodities. O fator-chave é o mercado chinês, que passa por freio de arrumação imposto pelo governo central.
Números compilados pelo Ibram mostram faturamento de R$ 257,4 bilhões até o fim do terceiro trimestre. O montante supera de longe o desempenho de todo o ano passado – R$ 209 bilhões. Os dados do quarto trimestre, com o forte recuo do preço do minério de ferro, não devem mostrar o crescimento exuberante de antes, no entanto, ainda deverão ser expressivos.
“Vai ser um bom ano, mesmo com essa mudança de cenário no segundo semestre — o melhor da nossa história”, destaca Brumer. Segundo ele, não se vê o câmbio arrefecendo dos atuais patamares (R$ 5,60) no curto prazo. E o Brasil tem uma grande geração de divisas com exportação. No ano passado, o saldo da balança do setor foi de US$ 32 bilhões.
“Em 2022 vai voltar uma certa normalidade nos preços das commodities, ainda em níveis considerados bons”, diz o executivo, observando que não se viu o boom das commodities apontado por muitos que aconteceria.
No terceiro trimestre, conforme dados do Ibram, o setor faturou R$ 108,7 bilhões, mais que o dobro do mesmo trimestre de 2020. Sobre o período de abril a junho deste ano (R$ 78,7 bilhões), registrou aumento de 38%.
O valor da tonelada de minério recuou e se encontra em patamares de US$ 100, mas, ao mesmo tempo, houve alta nos preços do cobre, do alumínio/bauxita, do ouro, níquel e zinco. E a demanda se manteve firme no calcário (usado na fabricação de cimento) e outros do setor da construção, como brita e materiais de revestimento (granito). O Brasil é também o maior produtor e exportador de nióbio do mundo.
O minério de ferro responde por dois terços do faturamento do setor mineral brasileiro e gerou uma exportação de US$ 36,6 bilhões no ano passado. A seguir as maiores participações na receita foram ouro, com 11%, cobre (quase 7%), alumínio/bauxita, mais de 2%, e água mineral (1,6%).
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